sexta-feira, 14 de maio de 2010

Fome de Mim



A lembrança compartilhada,

É um momento semi-real

Satisfação assegurada

Ao permitir, dom natural.


Saudade com arrepio

Tremor de erupção

Um par de você com frio

Prazer e sofreguidão!


Deitas pensando num beijo quente,

Sonhas meu corpo adentrando ao luar

Geme em sussurros, quase me sente

Acordas sozinha em alto-mar.


Tua mente entende e teu corpo diz sim

Mesmo que negue, tens fome de mim.



Fabinho A.


quinta-feira, 13 de maio de 2010

Autopsicografia


O poeta é um fingidor.

Finge tão completamente

Que chega a fingir que é dor

A dor que deveras sente.


E aos que lêem o que escreve,

Na dor lida sentem bem,

Não as duas que ele teve,

Mas só a que eles não tem.


E assim nas calhas da roda

Gira, a entreter a razão,

Esse comboio de corda

Que se chama o coração.


Fernando Pessoa.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

AMOR


Amor não é se envolver com a pessoa perfeita,

aquela dos nossos sonhos.

Não existem príncipes nem princesas.

Encare a outra pessoa de forma sincera e real, exaltando suas qualidades,

Mas também sabendo de seus defeitos.

O amor só é lindo,

Quando encontramos alguém que nos transforme o melhor que podemos ser.



Autor Desconhecido


quinta-feira, 8 de abril de 2010

Apenas Amantes


Não consigo enteder

O que você quis dizer

Parece que se esqueceu

Agora não sou mais eu

Te dei ombros, te dei ouvidos

Momentos foram divididos

Mas ao invés dos braços meus

Ganhei um simples adeus

Você preferiu partir

Escolheu o que tinha antes

O côncavo e o convexo

Eu não posso mais mentir

Só podemos ser amantes

Quero apenas teu sexo.

Mauri.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Lágrimas

Esta noite por mais que eu me esforçasse
Não consegui conter duas lágrimas atrevidas que desceram dos meus olhos,
Lentamente escorreram em direção da minha boca.
Uma sensação estranha senti naquele momento,
Pois senti naquelas lágrimas o mesmo sabor das lágrimas
Que corriam pelo seu rosto,
Quando choravas por mim.
José Aparecido Botacini

terça-feira, 6 de abril de 2010

Um poema para uma Rosa


Na mais alta insensatez
Uma rosa foi aprisionada
De tão mórbida morada
Foi covardemente atirada
Despencou
Por causa da ausência de lucidez
Da mais completa estupidez
A rosa foi sufocada e caiu
Despetalou
Tão serena e tão bela
A pequena rosa
Murchou
Sua vida ainda incipiente
Se abreviou
Seu olhar incandescente
Não mais brilhou
Se apagou
Seu sorriso pueril
Silenciou
Isabela, rosa tão bela
Estrela eterna
A perversidade te anulou
O amor desbotou e
Grangrenou
Mas linda como tu eras
Ainda agora estás
Aconchegada aos braços ternos
Do criador.
Úrsula Vairo Maia

PROSA E VERSO, SIM SENHOR

Certa vez conversando com uma pessoa,
comentei que escrevo poesias...
Como você é louca?
Estás a estragar os teus dias!
Quem pensa que poesia "enche barriga",
deve ser bobo ou maluco de vez!
Ah, também vou escrever um livro, falei.
Meu Deus ela está pra lá de mal!
Hoje, essa, pessoa meu leitor número um,
conhece todos meus rasbisco e reclama...
Ai de mim, se esqueço de enviar-lhe, ainda que seja,
apenas uma linha de tudo que dentro de mim... emana!
Petisar é sentir a própria alma devanear...
É deixar que o pensamento flua, sem dor...
É rabiscar no papel o seu sentimento maior...
Rolar o lápis entre os dedos...
E cantarolar em "prosa e verso sim senhor"
Poetisar é sentir e viver o amor...Enfim.
Laura Limeira